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Esta bactéria é louquinha pela sua maionese

Wilson da Costa Bueno*

      Definitivamente, não dá pra resistir a uma deliciosa maionese ou mesmo a uma fantástica musse de chocolate. Se o seu problema é este, é melhor você ler com atenção o que vem aí pela frente.
      Segundo estatísticas (embora muitas vezes não se possa confiar em estatísticas em nosso País), apenas em São Paulo, nos últimos 5 anos, algumas milhares de pessoas ficaram doentes (e houve muitas vítimas fatais) pela ação de uma bactéria, a Salmonela, que, ano após ano, vem causando um grande estrago em todo o mundo. Nos EUA, estima-se que ela seja responsável por cerca de 20 mil internações todos os anos.
      E o que tem a ver esta tal de Salmonela com a deliciosa maionese e a fantástica musse de chocolate?
      Muita coisa. Os muitos surtos de salmonelose que ocorreram em São Paulo, nos últimos anos, foram devidos a maioneses, a musses e a potinhos de arroz doce preparados em cozinhas industriais.
      Em princípio, a maior parte dos casos de salmonelose acabam numa diarréia, mas, em casos menos comuns, a doença evolui para uma infecção grave que pode levar à morte.
      Associa-se normalmente a salmonelose aos nossos amigos de penas - as aves - exatamente porque é através do ovo cru que mais facilmente tomamos contato com a bactéria. Outras formas de nos defrontarmos com este "bichinho" incômodo são pelas carnes cruas ou pelo manuseio dos alimentos, sem que sejam preservadas as condições mínimas de higiene.
      O ideal, pois, é evitar ovos e carnes cruas, naturais hospedeiros da bactéria. Como ela não resiste às altas temperaturas, basta cozinhar o ovo ou a carne para que o perigo fique descartado.
      Os sintomas básicos da salmonelose podem aparecer menos de 24 horas após a contaminação e incluem, na grande maioria dos casos, diarréia, febre e vômito. Quase sempre, a doença é debelada após o tratamento e há indivíduos que, por si só, sem qualquer cuidado especial, se livram dela. As crianças, os idosos e as pessoas enfraquecidas por qualquer motivo são mais vulneráveis à doença.
      O importante, como sempre dissemos, é prevenir. Quem se cuida, tem saúde e, com saúde, você já sabe, não se brinca.

*Wilson da Costa Bueno é jornalista, professor do programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UMESP e de Jornalismo da ECA/USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa.

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