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Comunicação
para a saúde exige militância cívica
Enfim,
estamos no ar. Como de costume, a prática nem sempre se
afina, idealmente, com a teoria e mesmo aspectos operacionais,
como os prazos, acabam sendo rompidos porque as dificuldades reais
são maiores do que as inicialmente previstas. Mas o importante
é que a revista digital Comunicação &
Saúde chega à Web com um número significativo
de artigos , comunicações, notícias e outras
informações relevantes, fruto da contribuição
de profissionais, professores e pesquisadores que atuam na área
da Comunicação e Saúde.
A
proposta básica da revista é contemplar esta relação
de maneira abrangente e crítica, de modo a permitir o debate
e a reflexão sobre temáticas importantes que envolvem
tanto o universo da comunicação como o da saúde
e, sobretudo, aquelas em que ocorre esta convergência.
A
revista digital não se propõe, em princípio,
a ser um veículo neutro, porque descartamos esta postura,
comum àqueles que preferem abrir mão de compromissos.
Acreditamos, como pregava Paulo Freire, que mudar é difícil
, mas possível . Julgamos que cada um de nós, comunicadores
ou profissionais de saúde, devemos rejeitar uma perspectiva
conformista, que nos acomoda ao status quo, e que, pelo contrário,
com entusiasmo, coragem e competência devemos empenhar-nos
para promovermos as transformações necessárias
em prol da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos..
A
cumplicidade de parcela da mídia brasileira com a indústria
da saúde nos convida a uma reflexão e, ao mesmo
tempo, a um engajamento. Não é possível compartilharmos
com o marketing da saúde, socialmente injusto e irresponsável;
aceitarmos, passivamente, o sofrimento dos que padecem pela ausência
de políticas públicas ou assistirmos, como meros
espectadores, ao espetáculo dantesco de crianças
passando fome ou de idosos abandonados à própria
sorte.
A
revista digital Comunicação & Saúde
pratica a pedagogia da indignação quando se defronta
com as injustiças sociais e permanece alerta contra as
investidas dos interesses comerciais e pessoais que rondam o mundo
da saúde e da comunicação.
Contamos
com o apoio de nossos leitores e colaboradores para que essa prática
se fortaleça e para que possamos, dentro das nossas possibilidades,
criar uma massa crítica na comunicação e
na educação para a saúde.
Agradecemos
a disposição e a competência dos colegas do
Conselho Editorial e confessamos nosso entusiasmo em abraçar
esta luta e esse compromisso. Estamos absolutamente engajados
na defesa de uma comunicação saudável. Achamos
que ela é fundamental e a assumimos como um exercício
necessário de militância cívica.
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